Toda história de amor tem o mocinho e a mocinha. E toda história de aventura tem um herói ou heroína. Como nessa história de amor, ambos foram guerreiros e terão um final feliz (se Deus quiser) vamos chamá-los de noivo e noiva.

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O Vinícius é o noivo, o herói dessa história. Ariano, maranhense, nascido em Lago da Pedra (cidade pequena e pacata do interior do Maranhão) e criado em Açailândia (cidade um pouco maior do mesmo estado).

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Com 15 anos foi morar com os irmãos em São Luís, capital do Maranhão, para dar continuidade aos estudos no ensino médio. Essa mudança foi um turbilhão de emoções. Agora sem os pais, teve uma adaptação inicialmente difícil na escola nova. Até por que, tinha certeza de que voltaria para o interior, seu antigo lar. Mal sabia ele...

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Com o passar do tempo, ele se adaptou ao ensino médio e à vida na "cidade grande", fez novos amigos, percebendo assim que o interior tinha ficado pequeno para os seus sonhos e aspirações. 

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Depois de formado foi "ganhar a vida" nos plantões de clínica médica. E até hoje não sabe como aguentou 5 anos dessa rotina de viagens para dar plantão no Maranhão afora. De clínica médica ainda por cima! Acho que foi por isso que virou cirurgião...

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Você pode estar se perguntando: como nosso herói foi parar no Rio de Janeiro? Pois então, acho que foi o destino.

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O Vinícius decidiu prestar prova de residência depois desses longos 5 anos trabalhando como médico generalista. E, na época, passou para a clínica médica em Salvador. Passou e ASSUMIU a vaga.

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Destino ou não, ele também fez prova para ortopedia no Rio de Janeiro na mesma ocasião (e ele nunca pensou em fazer ortopedia). E, surpreendentemente, a tal lista de candidatos na capital carioca rodou e o Rio de Janeiro se tornou casa para o nosso noivo. 

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O ano era 2017, o Vini, apelido para os íntimos, foi para o Rio de Janeiro, com a benção da sua mãe, que disse que lá ele acharia a sua esposa. Mãe sempre sabe das coisas, não é?

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Em solo carioca, ele assumiu a vaga de R1 de ortopedia no Hospital Municipal Miguel Couto e se tornou o Maranha, apelido de guerra para os amigos em solo carioca. Nessa mesma data a Sofia, nossa heroína e noiva, estava no seu último ano de faculdade.

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Eles nem sonhavam em se conhecer. Mas a vida tem dessas coisas; o tempo passa, os caminhos se cruzam. Quem é médico no Rio de Janeiro vai confirmar, essa cidade é um ovo! Todo mundo se conhece. 

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Vamos voltar para a história. 

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A Sofia é canceriana, carioca, nascida e criada no Rio de Janeiro, nunca morou fora da cidade e é do tipo que fala "arrox com caxca" com um sotaque bem puxado, mas tem um pézinho em Minas Gerais porque sua família é toda de lá. 

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O espírito artista da nossa heroína faz com que ela mude de ideia bem rápido, mas uma coisa ela sempre quis: se casar, ter uma família e ser bem-sucedida no seu trabalho. Convenhamos que, em 2017, o foco desse sonho todo não era tão lindo assim. A verdade é que ela queria sobreviver à reta final da faculdade de medicina e, quem sabe, passar direto para alguma residência. 

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Em 2018 se formou na faculdade, fez uma breve e traumática passagem pelos atendimentos em clínica da família e, em 2019, a tão sonhada vaga em cirurgia geral no Hospital Municipal Miguel Couto saiu!! E ela não pensou duas vezes em assumir a vaga!

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Atenção, caro leitor, esse é o mesmo hospital do nosso herói, lembra?

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Pois é, mas não foi lá que se conheceram. Embora o Maranha tenha visto a Solfi, apelido carinhoso da nossa noiva, correndo pelos corredores do Miguel, pros íntimos, ele nunca falou com ela e nem ela com ele. 

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O primeiro contato de verdade aconteceu em 2020, pré pandemia, quando os amigos do mesmo hospital resolveram se juntar para fazer uma "jogatina" em casa. Mas não se engane, este ano foi somente a introdução dessa história, afinal, nossos pombinhos estavam vivendo suas vidas, cada um com o seu romance e os encontros entre amigos tinha uma única finalidade: desopilar do dia a dia INTENSO de residência em meio a pandemia (usando máscara, juro...). 

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Eu disse que em 2020 cada um estava vivendo um romance, certo? Ou seja, nesse momento a nossa história deu uma "empacada". Peço que se acalme, querido leitor, as coisas irão caminhar!

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No final de 2020 os dois ficaram SOLTEIROS! E para a alegria geral da nação, FOI AÍ que os nossos heróis passaram a escrever a sua história juntos. 

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No dia 16 de janeiro de 2021 a nossa heroína empoderada, com a coragem de 5 taças de vinho, pediu o nosso herói em namoro. E ele, romântico como sempre disse: "Ué, mas eu achava que a gente já estava namorando". De lá para cá foram 4 anos de relacionamento e uma certeza: um amor calmo e de verdade era tudo que eles precisavam. 

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Você deve estar se perguntando: Cadê a história do pedido de casamento? Cadê o final feliz?

Bem, o restante desta história será contado para você NO ALTAR.

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Até lá!